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21 de jan. de 2012

Morre o juiz Danilo Burin de MS; o incansável na recuperação de menores infratores


Faleceu na noite de ontem (14), em Santa Cruz do Sul (RS), o juiz Danilo Burin, que estava internado desde dezembro. O corpo será velado em Santa Cruz do Sul neste domingo (15) e será cremado no final da tarde ou na manhã de segunda-feira (16). O horário ainda não está confirmado.
Aposentado desde julho do ano passado, Dr. Danilo dedicou nos últimos 09 anos todo o  seu esforço no restabelecimento de jovens infratores, com medidas socioeducativas de internação dos adolescentes. Foi representante de Mato Grosso do Sul no Fórum Nacional de Justiça Juvenil (Fonajuv), criado em 8 de agosto de 2008.
Os membros do Fórum reuniam-se em encontros regionais para trocar experiências sobre os adolescentes infratores, conhecer mais de perto a realidade de cada região, desafios e experiências,  construindo ferramentas, instrumentos para garantir agilidade e concretude na aplicação das medidas socioeducativas pelos juízes da área.
Burin coordenou os trabalhos da Justiça Restaurativa, implantando em julho de 2010 em nosso Estado. Atualmente era membro da diretoria da Associação dos Magistrados da Infância e Juventude do Brasil - ABRAMINJ.
Na época da sua aposentadoria, o Coordenador da Infância e da Juventude em MS, o Des. Joenildo de Sousa Chaves fez questão de registrar o trabalho realizado por Danilo Burin na Vara da Infância de Campo Grande. "Ele participou por muitos anos do  Fórum Nacional de Justiça Juvenil (Fonajuv) e representou muito bem o nosso Estado. É um juiz dedicado, que nós lamentamos a aposentadoria, mas desejamos sucesso a ele nos novos desafios profissionais que vier a enfrentar", disse.
A juíza Katy Braun do Prado, titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital, é outra a reconhecer os anos de dedicação de Danilo Burin na magistratura. " Ele nunca perdeu a capacidade de se indignar com a injustiça e, na atuação na vara da infância e juventude, foi um referencial para os adolescentes que julgou".
Na ocasião da aposentadoria, ela apontou também qualidades do amigo. "Seus cabelos brancos facilitavam a internalização da figura de autoridade, pois quase sempre lidava com adolescentes criados sem limites, representava também o compromisso de um pai amoroso com o desenvolvimento sócio-educativo dos seus “meninos”. Muitos deles voltaram para compartilhar a alegria da conclusão de um curso, da conquista do primeiro emprego, de um casamento, do nascimento de um filho.
Danilo colheu muitos frutos de sua atuação, que se destacou pela técnica esmerada e pela sensibilidade. Ele foi também um incansável combatente no poder público para garantir a execução de políticas públicas que atendessem aos ditames do Estatuto da Criança e do Adolescente. A aposentadoria de Danilo Burin deixa órfãos os “meninos” que ele desconsertava com lições para a vida toda", finalizou ela.
Trajetória
Danilo Burin era natural de Sobradinho (RS) e ingressou na magistratura sul-mato-grossense em 1988. No ano seguinte, foi promovido para juiz de 1ª entrância e assumiu as funções na Comarca de Nioaque. Em dezembro de 1995 foi novamente promovido e passou a atuar como juiz de 2ª entrância  e assumiu a 2ª Vara Cível da Comarca de Naviraí. Em 2002, foi promovido  para juiz de entrância especial e tornou-se titular da Vara da Infância e Juventude da Capital.

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“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

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Livros & Informes

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  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
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