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28 de ago. de 2012

Justiça Restaurativa deve ser implantada em outubro

Gisele MendesFoto: Danilo Fiuza


Alunos saem da escola após mais um dia de aula
O projeto Justiça Restaurativa deve ser implantado na Escola Estadual Dom Aquino em outubro deste ano. Ele foi anunciado há um ano pelo desembargador Joenildo Chaves e, neste período, uma equipe de servidores do Fórum de Três Lagoas passou por cursos de capacitação para que o projeto pudesse ser implantado. A próxima etapa do treinamento consiste em uma visita técnica em São Caetano do Sul, no interior de São Paulo, onde o projeto funciona desde 2004.
O objetivo da Justiça Restaurativa é prevenir casos de violência nas escolas, restaurar as relações entre alunos e educadores e abolir o castigo ao dar lugar à reflexão. Por meio de círculos de conversas, professores e alunos ganham espaços de diálogo e de resolução não punitiva. O jovem que seria advertido ou suspenso terá a possibilidade de falar sobre os motivos que o levaram a ter um mau comportamento. Nesse momento, ele consegue refletir sobre suas ações e assumir a responsabilidade de seus atos. “É uma forma de resolver os conflitos de forma amigável”, explicou a psicóloga do Fórum, Juliana Bin. Três Lagoas será a segunda cidade do Estado a implantar o projeto. Ele já funciona em Campo Grande.

Segundo Juliana, alguns exemplos positivos da Justiça Restaurativa são citados em encontros nacionais. “Já ouvimos casos de pessoas que cometeram furtos ou roubos, por exemplo, e após participarem da roda de diálogo notaram que podiam agir de forma diferente. São casos de sucesso que não precisaram da intervenção da Justiça”, destacou.

ESCOLA
Segundo Marizeth BazéKiill, diretora da escola Dom Aquino, a Justiça Restaurativa, além de resolver os conflitos, vai curar mágoas. “Muitas vezes a vítima fica chateada com determinadas situações. Neste momento, ela poderá abrir o coração”, disse. Destacou, porém, que a iniciativa em participar do projeto deve partir voluntariamente do próprio “autor”. “A vítima será nossa convidada. Se o responsável pelo desentendimento, ou qualquer outro tipo de delito, não estiver disposto a resolver a situação de forma amigável, ele terá de fazer isso por meio da Justiça”, completou.

Na opinião da diretora, o projeto será bem aceito pelos alunos. Isso porque já existe um semelhante na escola. Intitulado “Ação de Paz”, o projeto visa justamente resolver os problemas por meio do diálogo. As partes não participam de um círculo, formado por profissionais voluntários, porém, são deixadas sozinhas em uma sala da escola para resolverem suas diferenças. “Na grande maioria dos casos, eles saem como amigos novamente”, salientou.
 
Jornal do Povo de Três Lagoas.


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Livros & Informes

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