Pesquisar este blog

6 de ago. de 2012

MPSP -MP e Secretaria da Educação vão capacitar professores em Justiça Restaurativa


O Ministério Público do Estado de São Paulo e a Secretaria Estadual de Educação iniciaram, nesta quinta-feira (2), a capacitação de 1.000 professores da rede estadual de ensino em Justiça Restaurativa. O objetivo é difundir entre os educadores da rede conhecimentos específicos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os Direitos Humanos e a Justiça Restaurativa.
O curso será oferecido aos professores da rede estadual que aplicam no dia-a-dia a mediação resolutiva de conflitos na escola, lidando cotidianamente com situações de vulnerabilidades e violação de direitos fundamentais de crianças e adolescentes. “Eles são articuladores e multiplicadores que mediam as relações entre escola, família e comunidade”, afirma o Promotor de Justiça na área da Educação, Antônio Carlos Ozório Nunes, idealizador do projeto, que testou a metodologia na cidade de Taubaté (SP). “Trata-se de um trabalho amplo, com o ideal de agir preventivamente em relação à violência”.
O Procurador-Geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, prestigiou a abertura dos trabalhos e parabenizou os educadores pelo compromisso com a promoção da justiça nas comunidades vulneráveis. “As vezes, o professor pensa que não pode fazer muito diante de um universo tão vasto como o da educação. Mas lembrem-se que é o indivíduo que carrega as pedras que também é o responsável pela construção das grandes catedrais”, afirmou o PGJ, concluindo sua fala ao considerar os profissionais de ensino como “absolutamente essenciais para a vida em sociedade”.
O programa, resultado de um termo de cooperação assinado em março entre as duas instituições, visa a prevenção de conflitos no ambiente escolar, a integração entre escola e rede social de garantia dos direitos da criança e do adolescente, e a proteção da comunidade escolar e do patrimônio público. Também serão oferecidos cursos à distância, garantindo aos professores de todo o Estado a oportunidade de participar do programa de treinamento.
As primeiras turmas terão 270 participantes de 29 diretorias regionais de ensino da capital e interior. Até o fim do semestre, serão três grupos, totalizando 270 participantes de 29 diretorias regionais de ensino. Cada turma de formação contará com cerca de 90 professores-mediadores escolares e comunitários, que participarão de três encontros presencias de um dia com um Promotor de Justiça. Serão
distribuídos 15 mil guias a respeito dos temas.
“Estar junto com o Ministério Público representa um salto de qualidade para o trabalho da Secretaria da Educação junto aos educadores-mediadores”, afirmou Felipe Angeli, Coordenador do Sistema de Proteção Escolar da Secretaria Estadual da Educação, representando o Secretário Herman Voorwald.
Até o final de 2013, um total de 1.000 professores-mediadores e gestores do Sistema de Proteção Escolar terão passado pela capacitação em conceitos introdutórios de Justiça Restaurativa, um modelo metodológico de resolução pacífica de conflitos, conduzida a partir de uma proposta colaborativa de avaliação da ofensa, responsabilização das partes e reparação do dano. Serão realizadas conferências sobre Justiça Restaurativa; Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); proteção escolar; rede de garantia de direitos, entre outros, voltada para educadores, pesquisadores, jornalistas e representantes da sociedade civil organizada. Também serão promovidas três videoconferências, destinadas a até 3 mil educadores da rede estadual que não tenham participado das capacitações.
Outra ação prevista é a realização de 15 encontros regionais entre promotores de justiça e educadores das diretorias de ensino para o fortalecimento institucional e criação de parcerias locais entre as entidades. Cerca de 200 escolas estaduais serão visitadas por  rpresentantes do Ministério Público e das diretorias de ensino.
Estiveram presentes na abertura do curso Rosângela Valim, Dirigente Regional de Ensino da Região Centro Oeste, os servidores técnicos do MP na área de psicologia e assistencia social, que oferecem o treinamento aos professores, e mais de 100 professores da rede estadual de ensino.

Fonte: Ministério Público do Estado de São Paulo

Nenhum comentário:

“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.