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21 de jun. de 2013

Pastoral Carcerária reflete sobre justiça restaurativa

O objetivo do encontro era iniciar um processo de organização da Escola de Perdão e Reconciliação – Espere em Erexim

Os agentes da Pastoral Carcerária da Diocese de Erexim reuniram-se, no último sábado, dia 15 de junho, no Centro Diocesano de Pastoral, em Erechim para debater e refletir sobre justiça restaurativa. No encontro também foi conversado sobre o processo de organização da Escola de Perdão e Reconciliação. Também participaram do encontro os membros da equipe da Pastoral da Educação, padre Maicon Malacarne, pela Pastoral da Juventude, irmã Vera Lucia da Silva, pelo Ensino Religioso da 15ª CRE, padre Paulo César Bernardi e o diácono Almeri Bornelli, da Paróquia São Pedro. 

A coordenadora da Pastoral Carcerária do Regional Sul 3 da CNBB, Ir. Imelda Jacob, refletiu sobre o tema da justiça restaurativa, que é uma proposta vivenciada pela Pastoral Carcerária, e que se constitui num caminho de conversão, pela prática da acolhida, do perdão e da reconciliação, superando a violência e concretizando a cultura da paz. 



(Encontro aconteceu no Centro Diocesano de Pastoral / FOTO: DIVULGAÇÃO / DM)


No fim, a irmã apresentou o projeto da Escola de Perdão e Reconciliação – Espere, com as dimensões e os passos a serem seguidos. Esta proposta de formação foi assumida pelos presentes, que os encaminhamentos para a realização da primeira etapa, no mês de agosto.

Escolas de perdão e reconciliação – Espere
As Escolas de Perdão e Reconciliação – Espere são uma iniciativa para a superação do ódio e da violência, difundida especialmente pela Pastoral Carcerária. A iniciativa surgiu em Bogotá, Colômbia, no ano 2000, por iniciativa do Pe. Leonel Narváez Gómes, doutor em Sociologia pela Universidade de Harvard, especialista no combate à violência. Bogotá era considerada uma das cidades mais violentas do mundo. Hoje, é denominada cidade da paz. A iniciativa do Pe. Leonel recebeu menção honrosa do Prêmio Unesco Educação para a paz 2006. 

As Espere se difundiram rapidamente no Peru, México, EUA e África. No Brasil, as primeiras cidades em que foram introduzidas foram Janeiro, em Niterói, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia. 

As Espere mostram como, a partir de uma experiência religiosa consciente e aberta ao enfrentamento da realidade, podem brotar estratégias eficientes para a superação da violência e da criminalidade, para a regeneração de pessoas. Essas escolas são, basicamente, um serviço para as vítimas da violência, procuram recuperar seu ser ferido pelo que passaram, funcionam como terapia de grupo e com suas dinâmicas facilitam a aplicação da sabedoria das pessoas simples, com efeito igual ou maior que o conseguido por profissionais caros e inacessíveis às comunidades pobres. Além disso, seus animadores se tornam multiplicadores de uma cultura de paz e mediadores de conflitos, gerando um trabalho de prevenção. 
Independentemente da intensidade da violência, ela fere três aspectos da existência humana: o significado da vida, a segurança e a socialização.


Redação Erechim
(Redação Erechim / DM)

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“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

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  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
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  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
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