Pesquisar este blog

7 de ago. de 2013

TJMG comemora um ano de implantação da justiça restaurativa

Institucional | 06.08.2013
Marcelo Albert/TJMG
Justiça Restaurativa 1 ano Abertura
O presidente do TJMG, desembargador Herculano Rodrigues, afirmou que a aplicação da Justiça Restaurativa demanda tempo e mudança de cultura
Marcelo Albert/TJMG
Justiça Restaurativa 1 ano Abertura2
Diversas autoridades participaram ontem, 5 de agosto, da comemoração pelo primeiro ano do trabalho conjunto para a implementação da Justiça Restaurativa na capital
O primeiro ano de assinatura de um termo de cooperação técnica para a implementação da metodologia da justiça restaurativa em Belo Horizonte foi comemorado ontem, 5 de agosto, compalestras no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O documento tem a participação do TJMG, do governo do Estado, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Prefeitura de Belo Horizonte, órgãos que têm trabalhado de forma conjunta para viabilizar o uso de práticas restaurativas na solução de conflitos. Atualmente, a metodologia já é usada em alguns casos no Juizado Especial Criminal e na Vara Infracional da Infância e da Juventude.
 
A justiça restaurativa é uma metodologia que busca não apenas resolver um conflito judicial, mas também restaurar os laços e, em alguns casos, até a convivência entre as partes envolvidas direta e indiretamente no caso.
 
Durante o evento, o presidente do TJMG, desembargador Herculano Rodrigues, falou sobre os significados do verbo “restaurar”, ressaltando que o Judiciário, ao investir na metodologia da justiça restaurativa, abraça todos esses sentidos, relacionados ao recomeço, à renovação, à restituição e à reconstrução. “Essa não é uma justiça de quantidade, mas que reata laços e relacionamentos, trazendo de volta a harmonia para a comunidade”, disse. Para o magistrado, não basta extinguir a lide processual se os verdadeiros interesses das partes não forem resolvidos.
 
Herculano Rodrigues ressaltou que a justiça restaurativa não é uma via fácil, já que demanda tempo e mudança de cultura. O magistrado agradeceu aos parceiros e colaboradores da iniciativa e lembrou que não é uma novidade que as grandes ações demandam esforço conjunto, daí a importância do termo de cooperação técnica.
 
Restauração
 
O 3º vice-presidente do TJMG, desembargador Manuel Saramago, parabenizou todos os envolvidos na implantação da metodologia da justiça restaurativa na capital. O magistrado afirmou que o Tribunal está consciente da necessidade de ampliar o trabalho e afirmou que a justiça restaurativa traz um novo olhar sobre a resolução dos conflitos. “A metodologia propicia a restauração dos laços e a pacificação social”, disse. Para ele, investir nessa forma de solução dos conflitos de interesse contribui para uma Justiça mais humana, fraterna, solidária e eficaz.
 
O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo de Carvalho Ferraz, que representou o governador Antonio Anastasia no evento, afirmou que a criação de alternativas ao atual sistema de justiça e punição são extremamente importantes. “No país, há uma dificuldade de contenção de crimes. Assim, é fundamental pensar em opções para enfrentar essa questão. A justiça restaurativa é uma alternativa”, afirmou. A defensora pública geral de Minas Gerais, Andréa Abritta Garzon, afirmou que é impossível falar da Justiça do século 21 sem falar da mediação, da conciliação e da justiça restaurativa. “Esse é o momento de agradecer a parceria e de parabenizar as instituições e as pessoas que acreditam nessa ideia”, disse.
 
O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros, que representou o prefeito Márcio Lacerda no evento, afirmou que a prefeitura não titubeou em participar da cooperação técnica. “A justiça restaurativa só tem a acrescentar. Não há mais como pensar apenas em encarceramento. É preciso encontrar novas formas de atacar o problema. Sabemos que esse projeto é inovador e que terá o apoio de toda a sociedade. A prefeitura tem orgulho de fazer parte dessa iniciativa”, pontuou.
 
Palestras
 
Após o pronunciamento dos parceiros do TJMG, foram realizadas duas palestras sobre justiça restaurativa. A consultora do Tribunal para a implementação da nova metodologia para a solução de conflitos, Monica Mumme, falou sobre as linhas conceituais do projeto, seus resultados e metas. O professor doutor João Salm, do Departamento de Justiça Criminal da Governors State University/EUA, falou sobre os pilares e as experiências envolvendo as práticas restaurativas no mundo. Os juízes Flávia Birchal de Moura e Carlos Frederico Braga da Silva, responsáveis pelo projeto no Juizado Especial Criminal e na Vara Infracional da Infância e da Juventude, participaram dos trabalhos.
 
Durante a primeira fase da cerimônia comemorativa, compuseram a mesa de honra o presidente do TJMG, desembargador Herculano Rodrigues; o secretário de Defesa Social, Rômulo de Carvalho Ferraz; o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes, desembargador José Antonino Baía Borges; o 3º vice-presidente do TJMG, desembargador Manuel Saramago; o vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros; a defensora pública geral de Minas Gerais, Andréa Abritta Garzon; a secretária adjunta de Estado da Educação, Maria Sueli de Oliveira Pires; e o advogado Stanley Ramos Gusman, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e Jovem da Ordem dos Advogados do Brasil/seção Minas Gerais, que representou o presidente da OAB/MG, Luis Cláudio da Silva Chaves.
 
Para ver mais fotos deste evento, acesse o Banco de Imagens.
 
 
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
TJMG - Unidade Goiás

Nenhum comentário:

“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.