Pesquisar este blog

12 de fev. de 2014

Por una Justicia Restaurativa para toda clase de delitos, con independencia de su gravedad

Frecuentemente me preguntan si creo en una Justicia Restaurativa para toda clase de delitos con independencia de su gravedad, y lo más curioso es que con respecto a esto, he ido cambiando mi visión conforme me he ido dando cuenta de que cada víctima y cada delito es un mundo diferente a otros delitos aunque sean similares y a otras víctimas.

Cuando empecé en Justicia Restaurativa pensaba que había determinados delitos que eran imposible de poder ser abordados a través de los procesos restaurativos y pensaba por ejemplo en delitos de violación o abusos sexuales, sin embargo, esto lo pensaba desde mi perspectiva y desde mi punto de vista de una persona que nunca ha sido víctima de un delito, no me paraba a pensar por un instante en qué pensaría o que necesitaría una víctima de un delito grave como violación.

Sin embargo, poco a poco esta visión se ha ido quedando pequeña y poco objetiva, según he ido conociendo casos, encontrándome con víctimas a las que la justicia restaurativa ha ayudado y sobre todo conforme me he ido dado cuenta que son las personas que han sufrido el delito, las víctimas las que mejor saben lo que necesitan, qué sienten o que quieren para sentir que se ha hecho, al menos, algo de justicia. Un ejemplo de lo que digo es el siguiente; en España hay un caso de actualidad, la mujer e hija de un periodista fueron atacadas por una admiradora del periodista y su pareja, al parecer estaba enamorada de él y la hija y la mujer la estorbaban, la agresión no llegó a más gracias a la valentía de ambas mujeres y la colaboración ciudadana, sin embargo, en la televisión algunos expertos comentaban que la vida de estas mujeres agredidas no iba a ser la misma, que el trauma iba a ser insuperable...etc, ¿yo me preguntaba qué opinarán las victimas si están escuchando la televisión? ¿Cómo pueden sentirse si las están dando por destruidas? Por supuesto, que el trauma es difícil de superar pero no imposible y por eso existe todo un abanico de profesionales que las van a ayudar a encontrar el camino incluida la justicia restaurativa, y aunque en este caso no parece posible porque la agresora sin duda, está perturbada, en otros supuestos aun muy graves si la víctima lo necesita no debiera ser obstáculo la mayor o menor gravedad del delito para acceder a los procesos de justicia restaurativa.

Conocí a una mujer víctima de violación, que desde el principio tuvo que luchar para poder participar en un proceso restaurativo, todos los expertos se lo desaconsejaban pero ella tenia una idea clara, no se la podía negar la oportunidad de decirle a su agresor, cara a cara, que su vida no estaba destruida, que iba a superar el delito y el trauma e iba a recuperar el control de su vida. Y fue así hasta que no logró este encuentro no pudo empezar su camino restaurativo hacia la curación  y dejar de sentirse víctima, para pasar a ser superviviente

Por eso, ahora mismo creo que la justicia restaurativa debe ser un derecho universal ( como decía ayer) para toda clase de víctimas, si se dan las condiciones idóneas y en todo caso nuestro deber es si el infractor no desea un encuentro es propiciar otros caminos igual no totalmente restaurativos pero si parcialmente que puedan ayudar a las víctimas.

Y con respecto a los infractores, opino igual,  si una víctima no quiere el encuentro o no desea ser reparada debiéramos proporcionar a los delincuentes otras vías para cumplir con su obligación de reparación, para responsabilizarse activamente por su conducta y sobre todo para que puedan sentir que pueden tener una segunda oportunidad de hacer las cosas bien desde ese momento en adelante.



Posted: 11 Feb 2014 

Nenhum comentário:

“É chegada a hora de inverter o paradigma: mentes que amam e corações que pensam.” Barbara Meyer.

“Se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado opressor.” Desmond Tutu.

“Perdoar não é esquecer, isso é Amnésia. Perdoar é se lembrar sem se ferir e sem sofrer. Isso é cura. Por isso é uma decisão, não um sentimento.” Desconhecido.

“Chorar não significa se arrepender, se arrepender é mudar de Atitude.” Desconhecido.

"A educação e o ensino são as mais poderosas armas que podes usar para mudar o mundo ... se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (N. Mandela).

"As utopias se tornam realidades a partir do momento em que começam a luta por elas." (Maria Lúcia Karam).


“A verdadeira viagem de descobrimento consiste não em procurar novas terras, mas ver com novos olhos”
Marcel Proust


Livros & Informes

  • ACHUTTI, Daniel. Modelos Contemporâneos de Justiça Criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
  • AGUIAR, Carla Zamith Boin. Mediação e Justiça Restaurativa. São Paulo: Quartier Latin, 2009.
  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
  • CERVINI, Raul. Os processos de descriminalização. 2. ed. rev. da tradução. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
  • FERREIRA, Francisco Amado. Justiça Restaurativa: Natureza. Finalidades e Instrumentos. Coimbra: Coimbra, 2006.
  • GERBER, Daniel; DORNELLES, Marcelo Lemos. Juizados Especiais Criminais Lei n.º 9.099/95: comentários e críticas ao modelo consensual penal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
  • Justiça Restaurativa. Revista Sub Judice - Justiça e Sociedade, n. 37, Out./Dez. 2006, Editora Almedina.
  • KARAM. Maria Lúcia. Juizados Especiais Criminais: a concretização antecipada do poder de punir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • KONZEN, Afonso Armando. Justiça Restaurativa e Ato Infracional: Desvelando Sentidos no Itinerário da Alteridade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
  • LEITE, André Lamas. A Mediação Penal de Adultos: um novo paradigma de justiça? analise crítica da lei n. 21/2007, de 12 de junho. Coimbra: Editora Coimbra, 2008.
  • MAZZILLI NETO, Ranieri. Os caminhos do Sistema Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
  • MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Fávio. Criminologia. Coord. Rogério Sanches Cunha. 6. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • MULLER, Jean Marie. Não-violência na educação. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Atenas, 2006.
  • OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A Vítima e o Direito Penal: uma abordagem do movimento vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
  • PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009. p. (Monografias, 52).
  • PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • RAMIDOFF, Mario Luiz. Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - Comentários À Lei N. 12.594, de 18 de janeiro de 2012. São Paulo: Saraiva, 2012.
  • ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: Policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2006.
  • ROSA, Alexandre Morais da. Introdução Crítica ao Ato Infracional - Princípios e Garantias Constitucionais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SABADELL, Ana Lúcia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma Leitura Externa do Direito. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.
  • SALIBA, Marcelo Gonçalves. Justiça Restaurativa e Paradigma Punitivo. Curitiba: Juruá, 2009.
  • SANTANA, Selma Pereira de. Justiça Restaurativa: A Reparação como Conseqüência Jurídico-Penal Autônoma do Delito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
  • SANTOS, Juarez Cirino dos. A Criminologia Radical. 2. ed. Curitiba: Lumen Juris/ICPC, 2006.
  • SCURO NETO, Pedro. Sociologia Geral e Jurídica : introdução à lógica jurídica, instituições do Direito, evolução e controle social. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
  • SHECAIRA, Sérgio Salomão; Sá, Alvino Augusto de (orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • SICA, Leonardo. Justiça Restaurativa e Mediação Penal - O Novo Modelo de Justiça Criminal e de Gestão do Crime. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
  • SLAKMON, Catherine; MACHADO, Maíra Rocha; BOTTINI, Pierpaolo Cruz (Orgs.). Novas direções na governança da justiça e da segurança. Brasília-DF: Ministério da Justiça, 2006.
  • SLAKMON, Catherine; VITTO, Renato Campos Pinto De; PINTO, Renato Sócrates Gomes (org.). Justiça Restaurativa: Coletânea de artigos. Brasília: Ministério da Justiça e PNUD, 2005.
  • SÁ, Alvino Augusto de. Criminologia Clínica e Psicologia Criminal. prefácio Carlos Vico Manãs. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
  • SÁ, Alvino Augusto de; SHECAIRA, Sérgio Salomão (Orgs.). Criminologia e os Problemas da Atualidade. São Paulo: Atlas, 2008.
  • VASCONCELOS, Carlos Eduardo de. Mediação de conflitos e práticas restaurativas. São Paulo: Método, 2008.
  • VEZZULLA, Juan Carlos. A Mediação de Conflitos com Adolescentes Autores de Ato Infracional. Florianópolis: Habitus, 2006.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo (org.). Novos Diálogos sobre os Juizados Especiais Criminais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005.
  • WUNDERLICH, Alexandre; CARVALHO, Salo de. Dialogos sobre a Justiça Dialogal: Teses e Antiteses do Processo de Informalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.
  • ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • ZEHR, Howard. Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2008.