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14 de fev. de 2018

Igreja Católica dá início à Campanha da Fraternidade





  • Na solenidade de lançamento da campanha, o arcebispo falou da importância da sociedade praticar a 'justiça restaurativa' - DIVULGAÇÃONa solenidade de lançamento da campanha, o arcebispo falou da importância da sociedade praticar a 'justiça restaurativa' - DIVULGAÇÃO

  • Começa oficialmente nesta quarta-feira (14) a Campanha da Fraternidade deste ano. O tema escolhido pela Igreja Católica é "Fraternidade e superação da violência", com o lema "Em Cristo somos todos irmãos". Na solenidade de lançamento, ocorrida no último dia 3, no Centro Arquidiocesano de Pastoral, o arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Julio Endi Akamine falou da importância da sociedade praticar a "justiça restaurativa". 

    Em sua fala no evento de lançamento da campanha, dom Julio explicou que o auge da Campanha acontece nos 40 dias entre a Quarta-feira de Cinzas e o Sábado de Aleluia, véspera do Domingo de Páscoa, mas ela é desenvolvida ao longo de todo o ano. Ele também comentou o texto-base do tema, bem como os subsídios que devem nortear o trabalho dos diversos grupos envolvidos nas ações dos paroquianos. 

    Numa época de tanta violência, o arcebispo disse que cabe à nação, como sociedade politicamente organizada, se amparar na Justiça, promovendo o bem comum e a participação de todos. A autoridade eclesiástica lembrou ainda que a violência não ocorre apenas no mundo real, mas também no virtual, destacando a proliferação de fake news, mensagens deturpadas e manifestações de ódio entre as pessoas. "As redes socias aproximam aqueles que estão longe e separam os que estão perto", comparou. 

    Ainda sobre a questão virtual, o arcebispo dom Julio lembrou que a situação de conflito passa do virtual para o real, e alertou que "nas relações virtuais você pode deletar (pessoas), mas nas relações reais você pode deletar as pessoas?", questionou. 

    Justiça restaurativa 


    Para dom Julio, o combate à violência não deve ser somente com a lei, mas pela atitude de 'viver a fraternidade' nas relações humanas - EMIDIO MARQUES/ARQUIVO JCS (21/2/2017)Para dom Julio, o combate à violência não deve ser somente com a lei, mas pela atitude de 'viver a fraternidade' nas relações humanas - EMIDIO MARQUES/ARQUIVO JCS (21/2/2017)


    Em sua pregação, dom Julio enfatizou a necessidade da sociedade praticar a "justiça restaurativa", que consiste em promover a punição de acordo com as leis, mas também a aproximação do agressor e da vítima. O objetivo, com isso, é fazer com que a vítima tenha a oportunidade de expressar a sua dor e o dano causado, e o agressor a chance de tomar consciência do prejuízo que provocou. 

    O arcebispo metropolitano também recomendou à vítima chegar ao perdão, esperando que o agressor tenha a consciência da dor que causou, e isso venha lhe proporcionar um estímulo para restaurar de alguma forma o que fez: "Isso faz parte do processo de restaurar pessoas", salientou dom Julio Akamine, que também acrescentou que deste modo o agressor é visto "não somente como alguém a ser punido, mas alguém que restaura a sua dignidade, é isso o que supera a violência". 

    Para o arcebispo, o combate à violência não deve ser medida tomada somente com os tradicionais mecanismos das leis, das polícias, das punições, mas principalmente pela atitude de "viver a fraternidade" nas relações humanas. 

    E ter fraternidade, na sua análise, é "ver o outro como o irmão que tem dignidade e que deve ser respeitado". E decretou: "A violência não corresponde à verdade do ser humano."

  • Cruzeiro do Sul. 14.02.2018.

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Livros & Informes

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  • ALBUQUERQUE, Teresa Lancry de Gouveia de; ROBALO, Souza. Justiça Restaurativa: um caminho para a humanização do direito. Curitiba: Juruá, 2012. 304p.
  • AMSTUTZ, Lorraine Stutzman; MULLET, Judy H. Disciplina restaurativa para escolas: responsabilidade e ambientes de cuidado mútuo. Trad. Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2012.
  • AZEVEDO, Rodrigo Ghiringhelli de; CARVALHO, Salo de. A Crise do Processo Penal e as Novas Formas de Administração da Justiça Criminal. Porto Alegre: Notadez, 2006.
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