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3 de mai. de 2018

La humanización del infractor durante los procesos restaurativos

Posted: 02 May 2018 12:14 AM PDT
No sé si soy muy optimista, simplemente creo que el "hombre no es malo por naturaleza" por eso pienso que es posible, al menos para muchos infractores, transmitirles valores restaurativos como la empatía ¿para qué? Para que siguiendo a Thomas Kuhn,  no quieran volver a delinquir no por el temor a ser capturados y castigados por la ley, sino porque han comprendido que su acción causa daños a otro ser humano y no quieren repetir estos daños. Lógicamente no todos podrán o querrán pensar en esta empatía pero estoy convencida que muchos si, porque para muchos pensar en que el delito daña realmente a otro ser humano , será un descubrimiento que se potencia con la justicia restaurativa.Está demostrado que muchos infractores cosifican a sus víctimas, es decir no ven al ser humano que hay detrás del delito que cometen, en otras ocasiones lo que hacen es justificar su conducta o la minimizan, amparándose en que las víctimas no son tan víctimas o que el daño no ha sido tan grave. 

Todas estas justificaciones durante el juicio, no se eliminan, ya que la víctima no tiene la oportunidad de contar su verdad emocional, es decir, no puede contar como impactó el delito en su vida, tan solo contarán los hechos fácticos y solo responderá a las preguntas que la hagan. De esta forma, es muy complicado que el infractor pueda tener empatía con la víctima, en el proceso penal la víctima es la otra parte su contendiente y el proceso le ofrece la posibilidad de negar o mentir sobre lo sucedido. No existe un espacio para la responsabilización. Pero incluso todavía la situación es más paradójica, ya que en ocasiones, el infractor se ve como víctima de su entorno y del propio sistema, todo es gestionado por profesionales y el proceso se asemeja a una pugna del estado frente a él para ver si se consigue que sea declarado culpable, esto les hace estar a la defensiva, sentirse atacados y estigmatizados y lógicamente genera en ellos el sentimiento de ser una víctima. No se ofrece un espacio para la vergüenza reintegrativa en la línea de lo que decía Braithwaite. Es decir, la justicia tradicional, el proceso penal distancia poco a poco al infractor de la víctima y del daño que el delito ha causado, se le da toda serie de "armas" para mentir, negar los hechos, justificar su acción, esto hace que muchos empiecen a perder de vista la realidad. Al final, acaban pensando que todo el proceso gira en torno a él, (siendo juzgado y estigmatizado como un delincuente), y el estado (que se hace el ofendido porque una norma creada por él, ha sido vulnerada). Pierden la perspectiva de qué su delito ha causado daños, acaban distorsionando la realidad y la víctima se diluye en un proceso burocrático y frío en el que al final son ellos los que acaban sintiéndose víctimas del sistema.

Los procesos restaurativos, lo que hacen es ayudar al infractor y a la víctima a ponerse rostro e historia, a ver la humanidad existente tras el delito, esto sin duda ayuda al delincuente a recuperar la perspectiva del impacto que el delito ha tenido en las víctimas y en la sociedad, incluso en su propia vida y en la de sus allegados. La Justicia Restaurativa favorece la empatía y ayudará a muchos infractores ( obviamente no a todos) a no querer volver a delinquir por no querer dañar a otra persona.

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Livros & Informes

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